Processos Patológicos Gerais
Especiais/Histoquímica
O que é: Método PAS ( Ácido Períodico + Reativo de Schiff ); do Mucicarmin de Mayer é uma das colorações para demonstrar componentes de tecido normal e patológico caracterizados por conter grupos glicólicos ou aminohidroxílicos como por exemplo; fungos e membrana basal. Este método é primariamente usado para identificar glicogênio em tecidos. A reação do ácido oxida com glicóis vicinais, como encontrados na glicose, produzindo aldeídos, que reagindo com o reagente de Schiff produz uma substância de cor púrpura-magenta.
Uso: Sua indicação inclui estruturas com alta proporção de macromoléculas de carboidratos ( glicogênio, glicoproteínas neutras) encontradas no tecido conjuntivo, mucosubstância produzidas pelas células caliciformes e na identificação da membrana basal. Também é utilizada para distinguir entre diferentes tipos de doença de depósitos de glicogênio, identificação da célula de Paget, ou na doença de Whipple, e de micoses ( a positividade decorre da composição química, rica em açúcares complexos, tanto na parede celular quanto na cápsula de alguns fungos ).¹²
Composição da parede celular dos fungos
A camada eletrodensa que circunda a célula fúngica é composta por diversos tipos de açúcares, incluindo quitina, beta 1,3 glucan, beta1,6 glucane e manoproteinas. A quitina participa da parede celular de fungos, do exoesqueleto de artrópodes como crustáceos e insetos. Em termos de estrutura,, a quitina pode ser comparada à celulose, em termos de função, à proteína de queratina. Na parede celular de fungos, a quitina é encontrada na camada mais próxima à membrana plasmática, portanto mais interna. Betas glucans são polissacarídeos que contém apenas glicose como componente estrutural, sendo unidas por ligações beta glicosídicas. Correspondem a maior parte da parede celular dos fungos, estando situados na parte média da mesma. E as manoproteínas são proteínas altamente glicosiladas pelos monossacarídeo manose. Ocorrem na parte mais externa da parede celular ou, segundo outras fontes, tambeém na face interna, junto com a quitina. E assim como todos os componentes químicos da parede celular são açúcares, compreende-se a forte positividade pelo PAS.
Resultado:
Glicogênio, mucina, membrana basal, fungos- púrpura-magenta.
Núcleos em azul.
Referências:
1. Vitorino Modesto dos Santos, et al; Contribuição ao diagnóstico morfológico da adiaspiromicose pulmonar; Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical; doi: 10.1590/S0037-86822000000500012 - www.scielo.br
2. Rosicler Rocha, Antonio de Souza Marques, Tania Ludmila de Assis; Aspecto da derme em casos de dermatofitose(dados preliminares); Anais Brasileiro de Dermatologia; vol 48-num 4: Artigos originais - www.anaisdedermatologia.org.br
Giemsa é uma coloração em homenagem ao químico alemão e bacteriologista Gustav Giemsa. É usado em citogenética para o diagnóstico histopatológico de parasitas como malária, trofozoítos (T. vaginalis), algumas outras espiroquetas, protozoários parasitas no sangue como a leishmania. É um corante de esfregaço do sangue periférico, medula óssea ou estudo citológico de elementos celulares colhidos por punção, raspagem ou concentrados celulares de derrames cavitários. Indicado para visualizar cromossomos (ela é específica para os grupos fosfato de DNA e se adere a regiões do DNA que tenham grande quantidade de ligações timina-adenina), bactéria Clamídia, H. pylori e grãos mastocitários. É usado para tingir cromossomos, e criar um cariograma, e identificar aberrações cromossômicas como translocações e rearranjos.
Produção e técnica de uso
A coloração de Giemsa é um membro do grupo de colorações de Romanowski. É uma mistura de azul de metileno, eosina e azure B. O corante geralmente é preparado a partir de pó de corante Giemsa comercialmente disponível no mercado.
Referências Bibliográficas
1.Giemsa´s Staining Protocol for Tissues Sections – www.ihcworld.com
2. Giemsa Staining- biomedical-sciences. Uq.edu.au
3. Perea Sasiaín J; Giemsa stain’ 100th year. Biomedica 2003 Mar, 23 (1): 5-18.
4. Michalany.J Técnica Histológica em Anatomia Patológica: com instruções para cirurgião, enfermeira e citotécnico. São Paulo; Michalany, Terceira Edição; 1998, 295p. ilus,tab